
O maior desastre ecológico do País, e um dos maiores do mundo, o 
rompimento da barragem da Vale em Mariana, completou recentemente quatro
 meses. E só agora foi feito um acordo com a empresa, que prometeu 
investir alguns bilhões para tentar recuperar o Rio Doce. Mas num prazo 
de...18 anos! E lembrar que o Japão saiu do desastre do tsunami que 
destruiu uma usina nuclear e várias cidades em pouco mais de dois 
anos...
O espírito egoísta do comércio não conhece países e não sente 
paixão ou princípio exceto o do lucro (Thomas Jefferson, um dos 
fundadores dos Estados Unidos).
Muitos faturando alto com o mosquito da dengue
Não é fato raro, muito pelo contrário, determinados setores do 
comércio faturarem alto com a desgraça alheia. O maior e mais antigo 
exemplo são as guerras, nas quais a indústria de armas se farta com a 
morte de inocentes (ou não).
Agora, no Brasil, em meio a algumas ideias inteligentes e úteis, mas 
também fonte de muito dinheiro, para ajudar no combate à proliferação do
 tal mosquito, vê-se, nas farmácias, uma alta absurda de preços dos 
repelentes. Diante da grande procura, vem  a tal “lei do mercado”, ótimo
 argumento para que quem já ganha muito faça fortunas.
Não estou chocado, muito menos surpreendido. Apenas quero assinalar que os seres humanos são assim e ponto final.
Aliás, no desastre de Mariana (MG), ao qual me referi lá em cima, na 
nota maior, faturou-se, e muito, com preços abusivos da água mineral. 
Para não falar em donativos roubados em Santa Catarina, há alguns anos, 
durante uma trágica enchente. É isso aí. Somos nós...
Não se discute o principal (I)
Muito bom o comentário, ontem, de Ricardo Boechat, na Bandnews. Em 
suma, ele alertou que o fato de Lula ter tido condução coercitiva deu a 
ele, o ex-presidente, munição para se fazer de vítima. Mas, meu caro 
Boechat, acho que não vai adiantar nada.
Não se discute o principal (II)
Mas vamos justificar os títulos destas notas: quando digo que não se 
fala no principal, e mais uma vez inspirado em Boechat, refiro-me ao 
fato de que, com esta vitimização de Lula, o próprio e a maioria dos 
petistas “esqueceram” do principal: afinal, o triplex é ou não é dele? O
 sítio? E ele recebeu ou não dinheiro fácil das empreiteiras? Ai, ai...
Ainda sobre os lucros
Quando me referi a ideias inteligentes, no comentário de abertura, 
reporto-me a invenções como o vaso de planta que não permite o acesso do
 mosquito à água, a moto que vira fumacê e a roupa para grávidas com o 
cheiro da citronela, planta que, segundo consta. Afasta o mosquito. Mais
 lucro, mas menos mal...
Vem aí o Sarau do Rocha
Estreia nesta quinta-feira, 10, às 19h, no Toalha da Saudade, o 
conhecido Bar de Batatinha situado na Ladeira dos Aflitos, no centro de 
Salvador, o Sarau do Rocha, evento idealizado e apresentado pelo 
jornalista e compositor Nelson Rocha. Os compositores baianos Gerônimo e
 Chico Evangelista são os convidados da noite, que terá também a 
participação da cantora mexicana Carolina Gramado e músicos convidados. 
Para abrir o Sarau, Rocha programou a exibição do documentário “O samba 
na palma da mão”, dirigido por José Carlos Torres e produzido por Jorge 
Pacoa . Também estarão presentes o escritor Jolivaldo Freitas e este 
colunista que vos “fala”. O primeiro fará uma amostra literária e o 
segundo falará da sua experiência jornalística. Uma exposição 
fotográfica assinada por Maurício Requião é outra atração do Sarau. 
Reservas de mesas: (71) 3329.7773.
 
 
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