quinta-feira, 3 de março de 2016

Nobres

         
Alexandre Garcia é um dos últimos defensores do uso coerente e correto da fala, inclusive para exprimir opiniões e conceitos coerentes e correntes em língua portuguesa. Ele combate absurdos como “paralimpíada”, “mosquita”, “presidenta” e outras porralouquices que as antas ignorantes vivem a propalar por aí. E o pior é que tem jornalista (e como tem) falando estes absurdos, justo eles que têm a obrigação de fazer e promover o uso correto da fala em nossa língua. Mas a porralouquice geral não se contenta em falar errado apenas, usa também palavras erradas para definir coisas ou explicar situações. Esta semana Garcia me fez rir muito ao comentar a notícia, não confirmada, de que uma amante de um político viveu por muito tempo numa rica mansão em São Paulo. “Gozado. –disse ele – Estão dizendo que ela morava num bairro nobre. Porém, lá não mora, sequer, o Barão de Itararé ou o Visconde de Sabugosa”. A piada é genial, mas só ri quem tem conhecimento literário.

Facebook
         O meu critério para incluir alguém como “amigo” no facebook é a quantidade de amigos em comum que exista. Mas não excluo ninguém, salvo se vierem a me agredir com ofensas pesadas. Por pouca coisa não. Entendo que todo mundo tem o direito de expressar suas opiniões, embora não concorde sempre com elas, e ninguém é obrigado a concordar com as minhas. Eu sou quem eu sou. Amigo dos meus amigos, cordato e tolerante, mas detesto mentiras, preconceitos e intolerâncias. Brancos, negros, vermelhos, amarelos, pobres, ricos, todos somos iguais, somos humanos. O que nos difere é capacidade intelectual, capacidade física, índole, temperamento, coisas que, se soubermos controlar e utilizar, nos permitirá sempre viver em paz e harmonia como verdadeiros filhos de Deus. E não fico nem um pouco triste ou abalado se alguém disser que não gosta de mim ou me excluir da sua lista de “amigos”. Vou entender que não somos tão “amigos” assim.

Monumento
         Fico sabendo que retiraram centenas de árvores da Avenida Paralela, em Salvador, para passagem dos trilhos do Metrô. Mas, no local onde está o monumento ao falecido deputado Luiz Eduardo Magalhães, nem tapume colocaram. Vão fazer o que: a) Retirar o monumento e jogar no lixo; b) Transferir o monumento para outro local; c) Abrir um túnel para o metrô passar por baixo; d) Construir um elevado para o metrô passar por cima. Quem acertar ganha uma viagem de caminhão para a Síria.

Educação
         O governador de São Paulo, Geraldo Alkmin, reduziu em 50% a verba para o principal programa educacional do seu governo, o Ler e Escrever, voltado para estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Durante as campanhas políticas, mais investimentos na Educação é a promessa mais ouvida pelos eleitores. Mas, como digo, são todos farinha do mesmo saco. Nenhum presta.

Educação II
         Parte do telhado do Colégio Estadual General Osório desabou. Por milagre não havia ninguém no local, embora o colégio estivesse funcionando, e os danos foram só materiais. Faz parte da realidade da Educação no Estado. A UEFS passa por dificuldades financeiras, programas como o “Mais Educação” estão parando por falta de verba, os professores estão em pé de greve porque o governador disse que não vai ter reajuste salarial, e por aí vai. E eu não vejo nenhuma entidade representativa do setor reclamando nem fazendo qualquer tipo de manifestação. Devem estar achando bom ou normal.

Lavajato
         Alguém perguntou no Face qual seria o nome da fase da Operação Lavajato que vai botar Lula na cadeia. Não titubeei e tasquei: Lula Lá.

Vacinar os mortos
         Tinha uma “otoridade” de saúde falando no rádio que determinada vacina só seria aplicada aos “nascidos vivos”. E cá eu fiquei me perguntado: Morto pega doença?

Bico
         Alguém pode me informar quanto ganha uma pessoa para entregar panfletos religiosos e fazer a cabeça dos incautos e convertê-los a uma dessas seitas que proliferam como ratos pelos campos e cidades? Deve dar um bom “bico” porque nunca tantos bateram à minha porta e eu, “delicadamente”, os enxoto. Mas, se a grana for boa eu vou me candidatar a uma vaga porque a aposentadoria não dá pra nada.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ver se resta vida inteligente (esperta tem demais) neste País de imbecis e analfabetos.



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