O evento que
marcou a entrega das mais de 2 milhões de assinaturas da campanha “10 medidas
contra a corrupção”, de iniciativa do Ministério Público Federal, foi marcada
pela pressão aos parlamentares para que aprovem as propostas que compõem o
pacote anticorrupção. Aos gritos de “Não é para enrolar, é para aprovar!”,
representantes de organizações da sociedade civil cobraram celeridade por parte
dos políticos presentes.
A cerimônia
lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara. O presidente da Frente Parlamentar
Mista de Combate à Corrupção, deputado Mendes Thame (PV-SP), destacou que a
entrega das assinaturas representam “o início de uma nova era, se aprovarmos
essas medidas que têm contado com tanto apoio por parte da população”.
No entanto,
boa parte dos deputados presentes deixou o evento pouco depois da abertura.
Aliel Machado (Rede-PR) anunciou que, após o início da Ordem do Dia, estava em
curso a chamada nominal no Plenário da Câmara, obrigando os parlamentares a se
dirigir até lá para registrar a presença. Para Aliel, tratou-se de uma manobra
para desmobilizar o evento, “talvez por parte de quem menos interessa essas
medidas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha”, disse o deputado.
Após a
debandada de boa parte dos parlamentares, crianças de diferentes escolas de
Brasília entregaram cartas aos políticos que ainda permaneciam no local, em
texto pedindo a aprovação do pacote anticorrupção.
A relação de medidas
anticorrupção contém 20 anteprojetos de lei com o objetivo de prevenir e punir
com mais rigor os crimes de corrupção definidos na legislação pertinente. As
proposições também visam assegurar que sejam devolvidos aos cofres públicos
recursos desviados por ação de agentes da administração pública. (Congresso em Foco)
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