sexta-feira, 11 de março de 2016

Outros tipos de contágio e transmissão do Zika desafiam cientistas

  
A descoberta de que talvez o mosquito Aedes aegypti não seja o principal vetor de propagação do vírus Zika e de que a disseminação por contato sexual é mais comum do que anteriormente pensado colocam em xeque tudo o que já era sabido sobre o zika.

Pelo menos é o que disseram cientistas e autoridades de saúde presentes na reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra nesta semana.

"É o Aedes o único vetor? Bem, posso lhe dizer que os cientistas do mundo começam a se fazer perguntas", disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan. "Pode ser uma outra espécie que está causando isso? Nesse momento isso são lacunas científicas. Precisamos continuar a encontrar evidências e não temos respostas definitivas ainda."

"Isso é muito surpreendente. A gente sabe que classicamente esses flavivírus (gênero ao qual pertencem os vírus de febre amarela, dengue, chikungunya e zika) são transmitidos com um vetor principal que são os mosquitos do gênero Aedes e agora somos surpreendidos (com a informação de) que talvez outros (mosquitos) também sejam vetores", disse à BBC Brasil Jorge Kalil, presidente do Instituto Butantan, que esteve em reunião da OMS sobre o tema zika.

As dúvidas sobre o papel do Aedes ganharam ressonância na comunidade científica com dois estudos brasileiros divulgados na última semana que apontam para o possível envolvimento de outros vetores na propagação rápida do Zika.

O primeiro estudo, uma parceria do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, do Rio, com o Instituto Pasteur, da França, avaliou a competência vetorial dos mosquitos do gênero Aedes enquanto transmissores do zika em cinco regiões: Brasil, Estados Unidos, e os territórios ultramarinos franceses Martinica, Guadalupe e Guiana Francesa.

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