A segunda maior cidade da Bahia está com
uma cara diferente. O comércio, que atrai pessoas de todo o Brasil,
fechou as portas, atendendo a determinação da Prefeitura. Só os
estabelecimentos essenciais para população estão funcionando, como
farmácias, postos de combustíveis, lojas de auto-peças de veículos e
mercados.
“Estou na rua por necessidade, eu tenho
problema pra resolver, só eu posso resolver, mas está certo ficar em
casa, de quarentena. Que Deus ajude e que isso não demore a passar,
né?”, comentou Dora Lúcia Bispo, aposentada.
EM um mercadinho, localizado na avenida
Adenil Falcão, o movimento tem sido maior no final da tarde, mas os
funcionários seguem regras básicas para evitar contaminação pela
Covid-19. “Não podemos ficar em casa, pois o pessoal necessita comer.
Então, o mercado tem que continuar aberto”, explicou Edmilson Santos,
encarregado do mercado.
O medo de contaminação tem feito muita
gente só sair de casa por necessidade mesmo. É o caso de dona Sônia. Ela
não conseguiu resolver por telefone, um problema do benefício que
recebe mensalmente, e foi pessoalmente para não ficar sem o dinheiro que
ajuda nas despesas da casa. “Eu estou com 15 dias em casa. Eu vim,
hoje, na rua por uma necessidade mesmo”, Sônia Maria Silva, dona de
casa.
Os feirenses lamentam ver a cidade, que é
efervescente, com o comércio parado e as ruas quase vazias, mas têm
seguido as recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Em um giro pela cidade, só um ponto de
preocupação: agências bancárias e lotéricas lotadas. “Eu vim trazer
minha avó no banco. Na verdade, a fila já está no lado de fora do banco,
aí a gente está esperando, mas tudo certinho com um metro de distância e
ela fazendo uso da máscara, por causa da idade dela”, disse Sindy
Santos, dona de casa.
O comércio de Feira de Santana está
fechado desde 21 de março. O prefeito Colbert Martins Filho decretou
nesta segunda-feira, 13, a prorrogação do fechamento até o dia 20 deste
mês. “Neste momento estamos preocupados em preservar vidas. Portanto, as
pessoas devem ficar em casa e só sair em caso de necessidade. Logo esse
momento vai passar”, destaca o prefeito.
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