Uma quantidade expressiva de peixes da
espécie tilápia-do-nilo foi encontrada morta na Lagoa Grande, no bairro
Rocinha. Na manhã de quarta-feira, 1º, os moradores do entorno
acionaram a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Naturais
(Semmam) para informar o que havia ocorrido.
“É provável que os fatores abióticos
(influências que acontecem de fora para dentro do manancial provocado
pela mudança do clima, pluviosidade, incidência da luz solar, entre
outros) tenham alterado os parâmetros da água, a exemplo do pH
(potencial hidrogiônico), OD (oxigênio dissolvido), temperatura e a
turbidez”, afirma o chefe do Departamento de Educação Ambiental, João
Dias.
João Dias explica que essas alterações
provavelmente resultaram na morte daqueles peixes. “Tilápia-do-nilo é
uma espécie sensível, que foi introduzida naquele manancial. Os peixes
nativos, por sua vez, como são mais resistentes, não foram atingidos”,
afirma. Na Lagoa Grande são encontrados ainda espécies de piabas,
traíras, camboatá e muçum.
Ele acrescenta que a quantidade maior no
volume das chuvas resultou também no aumento da matéria orgânica
introduzida no manancial através do despejo de esgoto in natura.
“Além disso, é provável que resíduos de
produtos químicos, oriundos das pequenas fábricas de itens de limpeza
situadas próximas à lagoa, podem ter sido arrastados também pelas águas
da chuva até o manancial”. O diretor do Departamento de Educação
Ambiental, Hiram Freire, esteve no local e também constatou o problema.
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