Reinstalada oficialmente pelo 
Ministério do Esporte na semana passada, a principal função da comissão 
será avaliar as políticas de esporte que já existem e fazer sugestões 
para melhorias.
"Está sendo aberta uma porta para os atletas 
participarem mais das discussões, e é isso que nós queremos", disse à 
BBC Brasil a ex-jogadora de basquete Hortência, vice-presidente da 
Comissão de Atletas. Ela também está no grupo de esportistas que se uniu
 em 2006 e hoje forma a Atletas pelo Brasil, uma ONG que luta pelo 
desenvolvimento do esporte.
O diálogo foi aberto, mas os atletas ainda estão reticentes quanto à prática do que está sendo discutido.
"Não
 é novidade os atletas participarem, acho que tem tido um avanço nos 
últimos anos. Mas uma coisa é discurso, e outra coisa é pratica. É o que
 a gente está de olho pra ver se vai existir uma mudança de cenário, que
 seria sair das discussões e virar ações concretas", pontuou a 
ex-jogadora de vôlei Ana Moser, presidente da Atletas pelo Brasil e uma 
das vozes mais ativas nas reivindicações.
Uma das principais 
reivindicações dos atletas é a criação de um "sistema único" para 
regulamentar o esporte no país e determinar as responsabilidades do 
poder público. "A Constituição diz que o Estado deve levar esporte para 
todos, mas atualmente 80% do investimento vai para o alto rendimento", 
explica Ana Moser.
Outra, é a regulamentação da medida provisória 
620, que altera a Lei Pelé e obriga entidades esportivas a seguirem uma 
série de regras de gestão e transparência (como a limitação de mandatos 
de presidentes, por exemplo) para receber dinheiro público - atualmente,
 quase 100% das confederações esportivas recebem dinheiro do governo 
federal. A medida foi aprovada em 2013, mas até hoje não foi 
regulamentada. (Veja matéria completa na BBCBrasil)

 
 
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