Um dos mais importantes juristas do país,
o advogado e professor de Direito da USP Miguel Reale Jr. exerceu influência
num dos momentos mais importantes da história recente do Brasil, ao ajudar a
redigir a petição de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em
1992.
Nesta terça-feira, ele volta aos holofotes
como redator de outra petição - a ser entregue ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot -, que acusa a presidente da República, Dilma
Rousseff, de crimes contra as finanças públicas e de falsidade ideológica.
Ex-ministro da Justiça do governo Fernando
Henrique Cardoso, Reale Jr. acompanha a cúpula do PSDB há décadas e tem
manifestado fortes críticas ao governo, dizendo que Dilma deveria renunciar ao
cargo, embora tenha aconselhado os tucanos a não darem prosseguimento ao pedido
de impeachment.
"Não foi um recuo. Foi uma questão de
estratégia, de saber qual era o melhor caminho neste instante. Muito pelo
contrário, o processo criminal é mais grave do que o impeachment", disse
em entrevista à BBC Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário