Filas para atendimento de emergência e
dificuldades para marcar consultas são problemas conhecidos dos brasileiros,
mas se tornam cada vez mais uma preocupação também dos britânicos.
Sobrecarregado, o NHS (National Health
System), que inspirou o SUS (Sistema Único de Saúde) brasileiro, passou a
ocupar a primeira posição no ranking de preocupações dos britânicos nestas
eleições, de acordo com o instituto Ipsos Mori. Em 2010, no mesmo período, o
tema era o quarto mais importante.
O sistema atende quase a totalidade da
população britânica – planos de saúde e consultas particulares são raras no
Reino Unido.Mas, com o envelhecimento da população, o sistema universal,
pensado para tratar doenças como infecções, precisa lidar com doenças de longa
duração, como problemas mentais que atingem idosos, para os quais não há cura. Isso
tem gastos muito mais altos e demanda muito mais do sistema.
SUS no Brasil |
O Royal College of General Practioners,
associação dos clínicos gerais britânicos, prevê que, em 18% das tentativas de
marcar consultas, os pacientes não conseguem atendimento com um clínico geral
(GP) na mesma semana. Uma espera de sete dias pode parecer pouco para um
brasileiro, mas os GPs são a base do sistema de saúde britânico. São as
consultas feitas por eles que evitam a superlotação dos setores de emergência
nos hospitais.
A situação espelha o que diversos
especialistas apontam como um dos principais problemas do SUS - que foi
inspirado no sistema britânico. Segundo eles, a saúde básica, que deveria ser
usada como porta de entrada para o sistema, é desvalorizada no Brasil. Por
causa disso, pessoas com doenças simples recorrem diretamente a hospitais e
emergências, superlotando unidades que deveriam se concentrar em casos mais
graves. (BBCBrasil).
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