Mateus 13.34-35
Parábolas são pequenas histórias
que se usa para ajudar as pessoas compreenderem determinadas situações.
A
maneira predileta de Jesus passar ensinamentos era através de parábolas. Ele sabia
que as pessoas gostavam de uma boa estória e, através de parábolas, ele
conseguia se fazer compreendido até mesmo quando estava falando sobre coisas
desconhecidas.
Hoje
esse recurso, dentro da linha religiosa, está bastante limitado a repetições de
algumas parábolas antigas e até desgastadas pelas tradições e cultura de nossa
época e, a leitura de algumas parábolas até se tornou um contra-senso.
Muitas
parábolas se fizeram necessárias na época em que o domínio sócio-econômico
estava voltado para a agricultura, pesca e ovinocultura além da defesa
exagerada da honra.
A
parábola da ovelha Perdida foi usada bastante pelos discípulos para trabalhar a
valorização da família. Suas bases eram focadas dento de uma cultura pastoreia
e funcionava muito bem para a época
Lucas,
em seu evangelho, citou a “Parábola da Ovelha Perdida” para explicar a
valorização que se deve dar a cada membro de nossa família:
“Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai
procurá-la?
Assim, deixa no campo as outras noventa e nove
e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito
contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e
vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida”.
Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um
pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas
boas que não precisam se arrepender”.
Hoje a “Parábola da Ovelha
Perdida” é bastante exemplificada até por pessoas, onde sua relação com a
ovinocultura está limitada a livros, programas de televisão e balcão de supermercados.
A ovelha da parábola foi particionada em “pernil, colchão, vísceras, etc”, perdendo
seu valor sócio-educativo para uma valorização mais culinária.
A
parábola não é para mostrar que cada ovelha é preciosa a ponto do pastoreio se
tornar negligente deixando suas noventa e nove ovelhas para ir atrás de apenas
uma ovelha perdida, mas para nos mostrar que cada ovelha representa uma pessoa
e que cada vida é muito preciosa aos olhos de Deus.
Atualmente usamos nossa
própria linguagem figurada, não para menosprezar o exemplo do pastoreio das
ovelhas e nem para substituí-la pela parábola do vaqueiro nordestino a correr pela
catinga, atrás do boi desgarrado, mas para valorizar a caridade e incentivar o resgate
de nossos irmãos que estão perdidos no mundo das oportunidades fáceis.
A parábola não faz parte de nenhuma
campanha publicitária com o tema “Temor a Deus” para atrair mais torcedores
para um time chamado religião.
A parábola é para incentivar o
amor, a caridade e a gratidão do Deus que está conectado conosco via banda
larga, conexão discada ou sinal de fumaça.
Conrado Dantas
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