quarta-feira, 13 de maio de 2015

Hospital Universitário na Uefs

A pátria educadora proposta pela Dilma é irreal, mas obrigatoriamente deveria passar pela qualificação do ensino. Na Medicina não é diferente. Forma-se treinando, expondo o aluno ao fato, até que ele se torne autossuficiente. Deste ponto de vista  é uma aberração o que faz o governo, abrindo escolas médicas em locais onde não há mão de obra disponível, mão de obra com domínio pedagógico, nem estrutura.
Enquanto a UEFS continuar usando migalhas, espaços improvisados, rebarbas que lhe são cedidas na rede pública, o ensino de saúde será limitado. É inconcebível que dispondo de uma série de cursos na área a universidade não tenha assento na mesa de planejamento da Secretaria de Saúde.  Mesmo no HGCA, depois de tantos anos e contribuições, o ensino não é visto com prioridade, ocorrendo em espaços inadequados.
Ambulatórios sem nenhuma reserva do paciente, que fica com a vida exposta, é rotina e é antiético.  A qualidade de ensino só irá avançar com a criação de um Hospital Universitário, como temos defendido, de ao menos 120 leitos. Aí, finalmente, a pesquisa e o ensino na área de saúde terão um cenário animador e que permitirá a ampliação de vagas no Curso de Medicina.  A UEFS não poderá esconder-se para sempre desta decisão.

A tabela do SUS está degradante. Há setores sem reajuste há dez anos, o que tem levado os hospitais a um progressivo endividamento que coloca as condições de atendimento em risco, restringe a rede, gera desemprego. Mesmo em tratamentos caros, como diálise, oncologia, cardiologia, as tabelas estão defasadas. A falta de leitos para realização de partos em Feira é um exemplo típico deste fato.  Reajuste a tabela e o problema estará solucionado.  Na média complexidade vivemos um disfarçado genocídio por falta de acesso e resolutividade. O caos Brasil não poderia ter deixado de contaminar esta área, claro. 

Dilma Rousseff não recebeu as venezuelanas Lilian Tintori, mulher do líder oposicionista Leopoldo López, preso, Mitzy Capriles de Ledezma, mulher do prefeito de Caracas raptado e detido pela polícia secreta bolivariana, e Rosa Orozco, que teve uma filha assassinada durante uma manifestação contra o governo, em Caracas. A cumplicidade do PT com a ditadura venezuelana é uma vergonha. É deprimente a omissão, a covardia e asqueroso silêncio diante das agressões à democracia.

Sim, você leu corretamente. A taxa de desemprego subiu de 6,5%, no quarto trimestre de 2014, para 7,9% no primeiro trimestre de 2015. Um milhão e quatrocentos mil desempregados a mais em apenas três meses. O impacto na economia é aterrador.

Publicado no Tribuna Feirense

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