quinta-feira, 14 de maio de 2015

Cinco lições à América Latina do maior ranking global de educação

"O futuro da América Latina realmente depende do que acontece em suas escolas."

Eric Hanushek, professor da Universidade de Stanford (EUA) e um dos mais respeitados acadêmicos especializados em Educação, é um dos autores do novo relatório internacional que mostra, mais uma vez, o enorme abismo entre os estudantes latino-americanos e os do leste asiático.
O ranking divulgado na quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mais amplo publicado até agora, compara o desempenho de estudantes em Matemática e Ciências em 76 países, com base nos testes internacionais, como o PISA.
Com o excelente desempenho de seus estudantes, Cingapura lidera o ranking, seguida por Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan. O Brasil está na 60ª posição, atrás de outros latino-americanos como Chile, México e Costa Rica e um pouco melhor do que Argentina e Colômbia.
Mas o relatório vai mais além do ranking e vincula a educação em cada país ao futuro de sua economia. Qual seria o crescimento econômico de países da região se seus estudantes alcançassem um nível básico de desempenho em Matemática e Ciências?
A seguir, cinco lições que o relatório ensina para os países latino-americanos:

1) A educação ruim faz mal à economia
O relatório diz que as falhas educacionais de um país cobram seu preço não apenas em oportunidades perdidas a milhões de adolescentes, mas também impacta a economia do país inteiro. A conclusão é de que, se o Brasil proporcionar educação básica universal eficiente para todos os adolescentes de 15 anos, pode ajudar seu PIB a crescer mais de sete vezes nas próximas décadas.

2) 'Educação de qualidade e petróleo não se misturam'
O exame PISA mostra uma relação negativa entre o dinheiro que os países ganham a partir de seus recursos naturais e as habilidades de seus estudantes.

3) O que importa é a qualidade
Educação universal e obrigatória é apenas um primeiro passo: o crucial são as habilidades transmitidas aos alunos.

4) A alta renda de um país não o protege da educação ruim
Cerca de 25% dos alunos de 15 anos dos EUA não completam com êxito o nível básico do PISA em Matemática e Ciências.

5: Valores são fundamentais

"Podemos aprender com os países que lideram o ranking", diz o relatório. "Eles parecem ter convencidos seus cidadãos a fazer escolhas que valorizam a educação acima das outras coisas." (leia matéria completa no BBCBrasil) 

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