No ano passado o Bahia só foi campeão
estadual porque as demais equipes conseguiram ser piores que a dele. E a prova
disso foi o rebaixamento, juntamente com o Vi(ce)tória para a série B do
Campeonato Brasileiro. A estrutura administrativa arcaica que predomina entre
os clubes brasileiros, acabou com a maioria não apenas dos clubes sociais, mas,
também, das agremiações esportivas. A falta de uma legislação eficiente, que
responsabilize os dirigentes dos clubes e os forcem a ressarcir os cofres das
instituições que dirigem, quando houver improbidade administrativa, e, também,
honrar os compromissos com o fisco e a obedecer a legislação trabalhista também
está levando à bancarrota estas instituições. Junte-se a tudo isto a
desonestidade dos dirigentes e ao monopólio de uma rede de televisão que
programa os jogos para horários proibitivos para quem tem que acordar cedo para
trabalhar, afastando assim as famílias dos estádios que hoje em dia estão cheios
de bandidos disfarçados de torcedores.
Nasceu para vencer
Sob este lema o clube fundado em 1931
foi campeão estadual naquele mesmo ano. Viria mais tarde a ser o primeiro
campeão brasileiro, vencendo uma “melhor de três” contra o poderoso Santos de
Pelé e Cia. É o clube detentor de mais títulos estaduais (46), mesmo não sendo
o mais antigo. É o único a ser heptacampeão baiano e o único do Nordeste a ser
bi campão brasileiro. Más gestões sempre o levaram à beira da falência, mas,
assim como no campo de jogo, sempre soube dar a volta por cima e sair vencedor.
Para nós torcedores, que formamos uma das maiores torcidas do Brasil, o jogo só
termina quando o juiz dá o apito final.
Tudo nosso, nada
deles
Este ano o Bahia não deixou nada para o
Vi(ce)tória. Nem o vice-campeonato. Este ficou para o genérico, o Vi(ce)tória
da Conquista. Tomamos também o vice-campeonato do Nordeste, e o rival está fora
da Copa do próximo ano. Mas, como somos generosos, vamos torcer para eles na
Copa do Brasil. Para que sejam, novamente, vice-campeões. Estão achando ruim
por que? Bi vice da Copa do Brasil é um título inédito. Pelo menos para vocês.
Finanças
Como todo clube brasileiro, o Bahia
está endividado. Mas, sua dívida está sendo bem administrada. Junto ao governo,
por exemplo, o clube parcelou a dívida e está pagando em dia as parcelas. No
campo trabalhista as causas estão sendo levadas ao foro adequado e bem
negociadas pelo seu competente setor jurídico. O clube tem um grande patrimônio
imóvel e tem o seu maior património na sua torcida, chamada muito
apropriadamente de “Nação Tricolor”. O rival arrota que tem dinheiro e os
salários dos seus jogadores e funcionários está em dia. No Esporte Clube Bahia
também é assim. O rival que tem dinheiro é o Esporte Clube Vitória, mas o
Vitória S/A deve milhões. Isso eles não dizem. O Bahia não tem duas razões
sociais. É isso aí. O Bahêa tem o trio KGB, o Vi(ce)tória tem o SPC.
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Por hoje é só que
agora eu vou ali bebemorar a “Conquista” do Bahêa sobre o “Genérico”, e a
derrota do Vi(ce)tória.
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