Em assembleia dos docentes da Uefs, nesta
quinta-feira (7), foi aprovada a greve por tempo indeterminado. No total, 118
votos a favor, 25 contrários e 12 abstenções ao movimento paredista que será
deflagrado na próxima segunda (11), e que também mobiliza a Uneb, Uesc e Uesb.
Os professores definiram, ainda, o fechamento do pórtico da instituição na
segunda-feira (11), às 8h, para reforçar a proposta do movimento junto à
comunidade acadêmica. Nesta sexta (8), as Associações Docentes das quatro
universidades protocolam documento na Governadoria, Secretaria da Educação
(SEC) e reitoria das universidades, informando sobre a decisão da categoria e
exigindo o cumprimento da pauta de reivindicação.
Em grande parte da assembleia,
predominaram discursos inflamados de críticas ao descaso do governo Rui Costa
para com a educação pública superior, ao passo em que também foi exigido mais
respeito à comunidade acadêmica. Segundo a categoria, que vem discutindo
amplamente a mobilização antes de deflagrar a greve, o enfrentamento é o
principal instrumento de luta para forçar o governo a avançar na pauta
protocolada em 9 de dezembro passado e, principalmente, a apresentar uma
proposta que solucione o grave problema gerado às instituições em função da
redução anual das verbas de custeio e investimento.
Durante a assembleia, ainda foi formado o
Comando de Greve e eleitos os membros. O grupo se reúne no final das atividades
do dia 11 para definir os próximos passos da luta, que serão discutidos na
reunião do Fórum das ADs, a ser realizada no dia 13 de maio, às 14h, na Aduneb.
A pauta do Movimento Docente (MD) foi protocolada nas secretarias estaduais da
Educação (SEC), das Relações Institucionais (Serin) e da Administração (Saeb),
além da governadoria. O governo demorou cinco meses para dar uma resposta que,
infelizmente, não apresentou avanços.
Os professores reivindicam a revogação da
lei 7176/97; a destinação de, no mínimo, de 7% da Receita Liquida de Impostos
do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada
dois anos e de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado
no ano anterior; ampliação do quadro de vagas para professores e a
desvinculação das classes; respeito aos direitos trabalhistas dos docentes;
aumento nos incentivos do Estatuto do Magistério Superior; além do pagamento do
reajuste linear com reposição integral da inflação.
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