Descrito
em inglês, o app tem um mecanismo semelhante ao "Tinder". Funciona
assim: após baixá-lo, o sistema pede para acessar "discretamente"
suas informações do Facebook. Uma vez autorizado, ele pergunta se o usuário é
solteiro ou um casal. Depois, solicita idade (tem que ser maior de 18), gênero
e sexualidade (hetero, gay, lésbica, bissexual, pansexual ou polisexual). Em
seguida, é preciso fazer um pequeno perfil, com nome, que pode ser fictício,
conforme sugestão do próprio sistema, com características, interesse e desejos.
Na sequência, é só definir o tipo de pessoas que está procurado e pronto:
comece marcar quem te interessa ou não.
Por
trás do app está o búlgaro Dimo Trifonov, de 24 anos, que atualmente vive em
Londres. O objetivo dele é promover o encontro de pessoas de mente aberta,
cujas combinações levam em consideração suas personalidades e não meramente a
aparência física. A ideia, diga-se de passagem, partiu de uma experiência
pessoal: “Estava conversando com minha namorada sobre nossas fantasias e
tivemos a ideia de encontrar alguém para se juntar a nós para uma diversão. O
problema é que não bebemos e não usamos drogas. E, por isso, não saímos à
noite. Fui à internet ver se existem serviços de encontros para casais de mente
aberta e achei um monte de sites falsos, todos horríveis com modelos de
assinatura bem caros. Depois que acessei a App Store e não encontrei um único
aplicativo para casais em relacionamento aberto, decidi criar este, que tem
aparência agradável e futurista, mas também leva em conta o estilo de vida e os
desejos dos usuários como ferramenta para combinar pessoas”.
O
público, ele garante, está adorando a novidade. Já foram mais de 300 mil
downloads pelo mundo, enquanto Trifonov não para de colecionar e-mails de
agradecimento. Muitos contam que tentavam usar o Tinder para este tipo de
experiência, mas acabavam sendo vistos "como uma espécie de monstro".
Mas também há quem ainda esteja com um pé atrás:
-
Teve um usuário que disse: "Não posso logar com o Facebook, porque tenho
medo de que um dia isso possa aparecer na minha timeline e acabe perdendo meu
emprego e amigos". É triste ver que vivemos numa sociedade que julga
tanto, na qual é preciso esconder o rosto e ser outra pessoa, a fim de manter o
seu emprego e amigos - lamenta Trifonov. - Por outro lado, temos os jovens
legais de 18 a 30 anos que estão abertos a coisas novas e vêem isso como uma
oportunidade e não um estigma social.
De qualquer forma, o app garante que não faz uso de
dados do Facebook para postagens públicas sobre os usuários. As imagens também
são protegidas, já que cada um controla as fotos que serão usadas na rede. Para
quem baixa a versão paga, que custa US$ 2,99, é possível ocultar o perfil para
pessoas específicas, como familiares e amigos.
TESTE DE QUALIDADE
Se o
aplicativo partiu de uma experiência pessoal, o próprio Trifonov não poderia
deixar de usá-lo.
- Eu e minha namorada conhecemos uma garota muito
legal. Não tivemos relações sexuais com ela, mas estamos felizes em conhecer
pessoas que não olham para nós como esquisitos - conta.
Sobre
o sucesso no Brasil, ele conta que já estava preparado para isso:
- Conheço alguns brasileiros e sei que são pessoas
superlegais. Todo mundo diz que o Brasil é realmente aberto a coisas novas.
Então, estava esperando virar hit no país. Agora, os esforços de Trifonov estão
concentrados em incrementar o aplicativo. O objetivo é adicionar recursos de
chamada de voz e troca de fotos. Uma nova atualização será disponibilizada em
alguns dias e uma versão para o Apple Watch já está a caminho.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário