sexta-feira, 20 de maio de 2016

SAÚDE

Recebi denúncia de que há postos de saúde da prefeitura de Salvador que estão sem luvas, lençóis, papel toalha e copo plástico. Não bastasse a crônica e afrontosa falta de vacinas contra a gripe H1N1, e mais esta. Aliás, caros leitores, a saúde pública no Brasil, em todos os níveis de governo, foi diretamente para o lixo. Uma situação escandalosa que, no meu ceticismo gerado por quase quatro décadas de comentários e vivência, jamais será resolvida.

Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram. (Voltaire)

A negligência total do poder público diante da uma população estarrecida

Acabamos de ver quase duas centenas de árvores caídas em São Paulo, derrubadas por um vendaval que nem sei se merece este nome, posto que girou em torno de 60 km/h. Inesgotáveis imagens na TV mostraram claramente que a maioria das árvores estava apodrecida ou carcomida por cupins, como foi o caso da que matou uma pessoa, em pleno centro da maior cidade da América Latina.
E o que nos diz respeito a tragédia paulistana? Ora, depoimentos de moradores das áreas onde houve queda de árvores foram unânimes em afirmar que inúmeros apelos e queixas foram feito à prefeitura, mas jamais foram atendidos, no sentido de verificar a situação ameaçadora de tais árvores. Em alguns casos, os cidadãos disseram que tentavam socorro há mais de um dois anos!
Este é o exemplo de um quadro que se repete em todo o País: a absoluta negligência do poder público diante dos apelos dos cidadãos. Burocracia, má vontade ou simplesmente pura irresponsabilidade norteia a falta de retorno aos apelos da população, feitos através dos canais que, demagogicamente, prefeituras e governos outros colocam “à disposição” da sociedade. Infelizmente, é a característica da personalidade daqueles que recebem dinheiro oriundo dos impostos que pagamos e acham que não nos devem nada.
Vi na TV, dia desses, reportagem sobre o que resta de uma escadaria em São Caetano, em trecho que dá acesso ao metrô.
Chocante. O mato tomou conta de tudo, a iluminação é ridícula, e, evidentemente, assaltos ocorrem a todo momento.
Quem vê aquelas cenas fica deprimido, pois mostram como grande parte da população da terceira maior cidade do País ainda vive: na miséria aviltante.

E por falar em pobreza... (II)
A verdade é que na maioria dos bairros periféricos da cidade, a situação é calamitosa. Ruas no barro puro, mato, esgoto a céu aberto, enfim um ambiente que nada deixa a desejar ao Haiti.
Por que não se resolve isso de uma vez por todas? Dinheiro, há, sim senhor.

E por falar em pobreza... (III)
O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, segue no seu imponente espetáculo de cinismo negando a obviedade das denúncias contra ele.
E, além disso, continua controlando a cúpula da Câmara, conseguindo até emplacar o líder do governo na Casa.
Convém lembrar que este senhor é alo de denúncias de corrupção desde os tempos idos de Collor! De onde vem tanto poder? Por acaso alguém aí lembrou da máfia? Hum...
Conforme dados oficiais, divulgados ontem pelo IBGE, a Bahia lidera o ranking de desemprego no País, com 15,5%.
Para mim, não é surpresa. E basta que observemos a situação miserável de milhares de pessoas que vagam pelas ruas da capital, fazendo bicos (quando conseguem) ou simplesmente vendendo frutas catadas em algum terreno baldio. Ou, enfim, pedindo esmolas. Isso para não falar no interior. O caos.


E por falar em pobreza... (I)
E meu amigo e colega de Redação Nelson Rocha chama a atenção para um fato: haitianos que fugiram para o Brasil em busca de emprego, de sobrevivência digna, enfim, estão correndo agora para o Chile ou Argentina. Dizem que no Brasil, não dá. A que ponto chegamos, hein?

De onde vem tanto poder?

Dá para notar nas ruas...

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