sexta-feira, 20 de maio de 2016

Ter Ministério da Cultura é fruto de mentalidade patriarcal, burocrática e centralizadora, diz ex-diretor do Masp

Um dos principais pesquisadores sobre a política cultural no Brasil, o escritor, museólogo e professor Teixeira Coelho não está pessimista com o fim do Ministério da Cultura.
Para ele a maneira centralizada com que o MinC vinha funcionando nos últimos anos era obsoleta e não dava lugar ao principal ente da cultura: as cidades. "A nação nesse sentido é uma ficção. A cultura existe nas cidades", afirmou em conversa com a BBC Brasil.
Na sua visão, a discussão sobre o fim do órgão resvala em uma noção, ainda bastante patriarcal, do Estado como provedor e centralizador de um discurso cultural que parece já não caber em uma sociedade tão fluida, tão diversa.
"Ter um ministério assim é fruto de um pensamento aristocrático, paternalista, patriarcal e centralizador. A cultura não pode ser centralizadora."
No bate-papo, o ex-diretor do Masp (Museu de Arte de São Paulo) expõe uma preocupação maior com a rediscussão do papel do Estado na área do que com a resistência culltural ao fim do MinC: "O Estado não é um salvador da cultura, ela existe fora dos jogos governamentais".
Click no link e leia os principais trechos da entrevista à BBCBrasil 


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