Um dos principais pesquisadores sobre a
política cultural no Brasil, o escritor, museólogo e professor Teixeira Coelho
não está pessimista com o fim do Ministério da Cultura.
Para
ele a maneira centralizada com que o MinC vinha funcionando nos últimos anos
era obsoleta e não dava lugar ao principal ente da cultura: as cidades. "A
nação nesse sentido é uma ficção. A cultura existe nas cidades", afirmou
em conversa com a BBC Brasil.
Na sua visão, a discussão sobre o fim do
órgão resvala em uma noção, ainda bastante patriarcal, do Estado como provedor
e centralizador de um discurso cultural que parece já não caber em uma
sociedade tão fluida, tão diversa.
"Ter um ministério assim é fruto de
um pensamento aristocrático, paternalista, patriarcal e centralizador. A
cultura não pode ser centralizadora."
No bate-papo, o ex-diretor do Masp
(Museu de Arte de São Paulo) expõe uma preocupação maior com a rediscussão do
papel do Estado na área do que com a resistência culltural ao fim do MinC:
"O Estado não é um salvador da cultura, ela existe fora dos jogos
governamentais".
Click
no link e leia os principais trechos da entrevista à BBCBrasil
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