Exonerado do Ministério do Planejamento após 12 dias de governo
interino de Michel Temer, o senador
Romero Jucá (PMDB-RR) também teve uma passagem relâmpago quando foi ministro pela primeira vez, de 22 de
março a 21 de julho de 2005, durante o primeiro mandado de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), ele comandou a pasta da Previdência
Social e deixou o cargo desgastado
por denúncias de corrupção.
Naquele
ano, Jucá foi acusado de praticar fraudes relacionadas ao
estatal Basa (Banco da Amazônia). Um inquérito foi aberto no STF,
após o jornal Folha de S. Paulo ter revelado que o senador e um
sócio ofereceram sete fazendas fantasmas como garantia para que obtivessem
um empréstimo do banco para construir um abatedouro de aves em Roraima: a
empresa Frangonorte. A empresa pertenceu a Jucá entre 1994 e 1997.
O Basa também cobrava do ministro e de
seu parceiro uma dívida de R$ 25 milhões do Fundo Constitucional do
Norte. O dinheiro provinha de recursos públicos.
Em
novembro de 2008, o ministro do STF, Cezar Peluso, declarou a extinção da
punibilidade, por prescrição da pena, do então líder do governo Lula no
Senado e arquivou o processo, com a concordância do Ministério Público
Federal. O
pedido de arquivamento foi feito pelo advogado Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, que ainda defende Jucá, alvo de inquérito na Operação Lava
Jato.
De
maio de 1986 a setembro de 1988, presidiu a Fundação Nacional do Índio (Funai), apontado por Marco
Maciel, no governo de João Figueiredo. Em 1988, foi
nomeado pelo então presidente da República José
Sarney e aprovado pelo Senado governador do Território Federal de Roraima. Em 1994, foi
eleito senador pelo PPR. Ocupou a vice-liderança do governo do então
presidente Fernando
Henrique. Entre
março e julho de 2005, foi ministro
da Previdência
Social, mas, por conduta suspeita de corrupção, com empréstimos
bancários irregulares, foi exonerado poucos
dias depois. Em 2006, Romero foi escolhido líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, cargo que também ocupou na
gestão da presidente Dilma Rousseff, sendo substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB do Amazonas) em 13 de março de 2012 após a pessoa indicada
pela presidente para o comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres ter seu nome rejeitado em
plenário.
Nas eleições de 2010, foi o candidato mais votado
no Estado de Roraima para o Senado Federal. (o povo gosta).
Presidiu a Funai e nos cinco primeiros
meses de sua gestão, o quadro de funcionários do órgão subiu de 3 300 para 4
200: somente em Recife, sua terra natal, o escritório chegou a ter 400
funcionários, chegando a sofrer intervenções do Tribunal
de Contas da União devido a
irregularidades financeiras no órgão. Mesmo após deixar o cargo, continuou alvo
de um processo no Superior
Tribunal de Justiça, por ter autorizado ilegalmente
a extração de madeira em área indígena.
Enquanto presidente da FUNAI, Jucá foi
quem mais demarcou territórios indígenas Yanomâmis, frequentemente reduzindo seus tamanhos. Jucá reduziu o tamanho do Parque Yanomami para quase 75% dos 9,4
milhões de hectares que já haviam sido aprovados pela própria FUNAI em
1985. Foi ainda
durante sua presidência que todos os missionários e
pessoal médico foram expulsos da área em 1987. O projeto propunha reduzir a área
do parque em 2,4 milhões de hectares e dividi-lo em 19 áreas isoladas, baseadas
em grupos de comunidades Yanomami. O restante da área se tornaria parques
nacionais - abertos para extração de madeira e mineração. O plano foi denunciado como “genocídio” pelo bispo italiano
dom Aldo Mongiano, o então
bispo de Roraima.
Em 28 de setembro de 1987, como
presidente da Funai, assinou, com a Cometa, um contrato de alienação de 9.322 metros cúbicos de madeira em toras de cerejeira, ipê, mogno, angelim e cedro.
Operação
Lava Jato
Romero
Jucá teve seu nome envolvido no esquema de corrupção da Petrobras, investigado
pela Operação Lava
Jato, nos
depoimentos de colaboração com a justiça do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.
Jucá ainda foi citado em
recebimento de propina em obras de Angra 3, também
investigado pela força-tarefa da Lava Jato.
O ministro do Supremo Tribunal Federal,
Teori Zavascki, autorizou a abertura de investigação contra o senador em 6 de
março de 2015, tirando o sigilo do pedido de abertura de inquérito. Em 23 de
maio de 2016, o jornal Folha de S. Paulo, divulgou a gravação de uma conversa entre Jucá e Sérgio Machado, da Transpetro. Em
diálogos gravados em março passado, o ainda ministro do Planejamento, senador
licenciado Romero Jucá sugeriu ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado,
que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a
sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos. No
mesmo dia Jucá se licenciou do cargo, e o
ministro do Planejamento interino é seu vice, Dyogo Oliveira, que também está
sendo investigado por corrupção, pela Operação Zelotes.
Operação
Zelotes
Em final de abril de 2016, a relatora
da Operação Zelotes, ministra Cármen Lúcia do Supremo
Tribunal Federal, abriu inquérito para apurar suposto
envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do
senador Romero Jucá, com a venda de emendas a medidas provisórias relacionadas
ao setor automotivo editadas pelo governo federal. Renan e Jucá já são investigados em outros inquéritos da Operação Lava
Jato por envolvimento com fraudes na
Petrobras.
Como se vê, não importa a ideologia e
nem há programa partidário algum que leve o País ao desenvolvimento, ao
crescimento e fortalecimento junto à comunidade internacional. Todos só querem
o poder para roubar. Lula, que derrubou
Collor, tão logo se elegeu presidente se aliou a ele e a algumas figuras
espúrias, como Paulo Maluf e José Sarney, antes, tidos como “inimigos mortais”.
Aí surge o Aécio, que até então todo mundo conhecia como o “neto de Tancredo
Neves” e quer ser presidente, mas é flagrado com um jatinho com toneladas de
cocaína (traficante internacional?). Ainda tem a Marina Silva, santa do pau
oco, e a porra louca da Heloísa Helena, todos jurando morrer de amores pelo Brasil
e transpirado ares de honestidade por todos os poros. Ora, vão pentear macacos!
Por isso que digo. Se queremos mesmo
mudar alguma coisa, comecemos por tirar de cena esses políticos manjados e
viciados não votando neles. Afinal, é o nosso voto que os leva ao poder.
Podemos, pelo menos, tentar umas caras novas ainda não testadas. Já será uma
mudança.
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