terça-feira, 10 de maio de 2016

Missão Olímpica

        Talvez seja mais fácil Feira organizar uma Olimpíada do que conseguir fazer o concurso da Câmara e a licitação da Zona Azul. Tem um século que se tenta. Há mistérios, misteriosos.
Não sei se problema de gabarito para fazer ou escolha da hora errada, mas parece um processo de complexidade lunar. Talvez fosse caso de chamar a NASA para estudar o assunto.

Alckmin
       O governo do PSDB, mostrando que nossa miséria política é universal,vem se constituindo em um desastre paulistano. Apontado como corrupto pela investigação do cartel dos trens, agora, é novamente exposto com a Máfia da Merenda.
Já havia tentado sonegar informações sobre dados policiais, sobre consumo na crise hídrica, em um total desrespeito ao cidadão. Enfim, é um retrato do malefício que a longevidade causa às longas administrações, em qualquer nível.

Para poder ser legalista
Gritar que é golpe não abona a corrupção, a contabilidade destrutiva, o mensalão, o petrolão, o dinheiro dos fundos de pensão retirado da aposentadoria dos trabalhadores, o dinheiro do BNDES, desviado.
Antes de gritar golpe assuma também a cumplicidade com Pasadena, a inimaginável quebra da Petrobrás, os mais de 20 Ministros afastados por corrupção, os marqueteiros, tesoureiros do partido, deputados, senadores, que foram presos, e os que estão soltos apenas porque têm foro privilegiado, os mais de 10 milhões de desempregados, as 100 mil lojas fechadas, a regressão da indústria em uma década, o caos da saúde, “o projeto de poder baseado na corrupção" como bem admitiu o petista Wagner Moura, o PIB negativo por 3 anos, a inflação, a recessão, a política externa vergonhosa, a deportação de atletas cubanos que pediram asilo, a invasão do sigilo do caseiro pelo ministro Palloci, as cozinhas kitchens e sítios doados, o silêncio quando Farinas morreu na prisão cubana, as agressões a Yaoni Sanchez, o aparelhamento da máquina pública, a parceria com os fracassados e ladrões bolivarianos de Maduro a Kirchner, a morte de Celso Daniel, Erenice Guerra, a parceria com Maluf, Sarney (o homem incomum de Lula), Otto Alencar, Leão, Negromonte, Jader, Jucá, Renan, recordista com 16 processos no STF.
Assuma Gim Argello, que Dilma tentou nomear para o TCU, e Cunha - sim, Cunha -, aliado nos últimos 12 anos e inimigo apenas agora, o mesmo Cunha que o PT indicou em 2011 para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais poderosa, não esqueçam.
Assuma a venda de medidas provisórias, a mudança da lei para servir à Telecom, as palestras da Odebrecht, os 30 mil mensais de Lula pagos pela OAS, os desvios da reforma agrária, a tentativa de obstruir a Justiça nomeando um investigado para ministro, etc.
Enfim, depois que você se comprometer com tudo isto, que você assumir a parte que lhe cabe neste latifúndio imoral, falido eticamente e administrativamente, que você se manifestar sobre sua parte em todas estas coisas, admitindo seu relativismo moral, aí pode gritar: é golpe. Sou legalista!

Eleições já
       O país só retornará a um padrão de normalidade jurídica satisfatória com eleições gerais, que modifiquem toda a bancada de deputados e senadores que estão por lá.
É possível que algum justo pague pelo pecador, mas no momento há uma rejeição total do eleitor aos componentes do Congresso Nacional.

Cunha foi. Falta Renan
Ao que parece o afastamento de Cunha, por Teori, do STF, mais que Justiça com as próprias mãos, foi uma tentativa de impedir uma trama de Marco Aurélio – o juiz voto contrário -, e Lewandowski para impedir o impeachment. 

Seja como for, Teori escreveu certo por motivações tortas, mas estamos em tempos de exceção. O afastamento de Cunha era necessário, pois sua permanência era uma afronta. Tanto quanto é a permanência de Renan na presidência do Senado. 

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