segunda-feira, 30 de maio de 2016

Velho Chico I

       
 Por que ninguém mais fala na transposição das águas do rio São Francisco, menina dos olhos de Lula e cavalo de batalha nas campanhas dos candidatos petralhas? Dos muitos bilhões destinados e já liberados para as obras, boa parte foi desviada para os bolsos dos políticos, e o pouco que foi construído está se deteriorando por falta de uso e manutenção. E aí, petralhas? Perderam a língua?

Velho Chico II
         Elomar gravou, com a Orquestra Sinfônica da Bahia, um disco muito bom, mas pouco conhecido, que, por uma questão de coerência, deveria ser a trilha sonora da novela global Velho Chico. Trata-se de “Sinfonia Leiga Para um Rio Seco”. Eu tenho. Em vinil. Estão com inveja?

Que país é esse?
         O país onde o ministro da Transparência age por debaixo dos panos.

O “teto”
         Depois das eleições do ano passado, eu ouvi colegas elogiando o “talento” de Jaques Wagner para a política. Segundo eles, ouviram, antes das eleições, quando as pesquisas apontavam vantagem de Paulo Souto sobre Rui Costa, Jaques Wagner, tranquilo e seguro, afirmar que Rui ainda tinha “teto” para crescer e Souto não tinha mais. Ou seja, já teria atingido o seu limite de conquista de votos. Na época, eu fiquei meditando de onde vinha essa certeza, essa segurança de Wagner. Aí começaram a chegar notícias sobre uma revoada de prefeitos para o lado de Rui Costa. Por que isso? Me perguntei. Amigos e colegas com os quais mantenho comunicação por toda essa Bahia resolveram o mistério para mim. Segundo ele, o prefeito do município mais mequetrefe recebia cerca de R$ 300 mil depositados na conta bancária para mudar de lado. Os dos municípios maiores, recebiam mais. Mas, de onde vinha tanto dinheiro? Ninguém sabia. Agora, todo mundo sabe. Vinha pelo gasoduto do Petrolão. Com uma injeção de dinheiro dessas nem eu perco eleição, quanto mais o desconhecido ‘Ruim Costa’.

Universidade é para poucos
         Quando eu afirmo isso tem gente que se arrepia toda, tem coceiras, tiques nervosos e o diabo a quatro. Sou chamado de racista, elitista, nazista e outros “istas” que a claque repete como bonecos de ventríloquos que são, já que não conseguem pensar por si mesmos. Observemos então o princípio de tudo, a Mãe Natureza. Seus filhos não nascem todos iguais, nem física nem mentalmente falando. Existem fortes e fracos, como existem inteligentes, burros e medianos. Nos países mais desenvolvidos já se descobriu isso, mas também se percebeu que todos têm que ter oportunidades para adquirir meios de sobreviver. Por isso, a criança começa a estudar e vai sendo acompanhada pelos professores que buscam descobrir o grau de inteligência delas, pela capacidade de aprender, e também quais suas aptidões, para orientá-los sobre quais profissões devem seguir. Sim, porque ao contrário dos países subdesenvolvidos, não se escolhe a profissão por aquela que dá mais dinheiro ou prestígio. Até porque, um profissional medíocre nunca irá ganhar muito dinheiro nem prestígio. Então, as crianças já saem do ensino médio com uma profissão em nível técnico. Se quiserem tentar uma universidade, o processo não é um jogo de loteria. Primeiro, são analisadas as suas notas no seu histórico escolar. Depois eles são submetidos a provas escritas e orais, e só se se sairem bem nestas provas poderão entrar numa universidade e, geralmente, já saem de lá empregados, porque só são oferecidos cursos para os quais o mercado tem demanda. Não se forma profissionais à toa, sem garantia de vagas no mercado. Entenderam? Então, parem de me xingar e vão estudar.

CIS
         A propósito dessa história de universidade para todos, ouvi pessoas formadas reclamando numa emissora de rádio de que não há vagas para pessoas com nível superior no mercado de Feira de Santana. Segundo elas, a explicação que mais ouvem é de que as empresas não podem pagar o salário de diplomados. Isso quando encontram alguma empresa contratando, porque, de um modo geral, elas estão mais é demitindo. E parece que no Centro Industrial a crise é mais séria, pois o que mais se vê são indústrias fechadas e abandonadas. Ou seja, CIS passou a significar Centro de Indústrias Sucateadas.

Comércio
         E no comércio a coisa não é diferente. E há um indicador agravante. Segundo um vendedor, as vendas estão fraquíssimas, e quando ele consegue vender a indústria não tem o produto para entregar. Nunca antes na história desse país se viu coisa igual. Mas, enquanto isso, em Brasília...

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Por hoje é só que agora eu vou ali com meu amigo Diógenes tentar encontrar alguém honesto em Brasília

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