Velho Chico II
Elomar gravou, com a Orquestra
Sinfônica da Bahia, um disco muito bom, mas pouco conhecido, que, por uma
questão de coerência, deveria ser a trilha sonora da novela global Velho Chico.
Trata-se de “Sinfonia Leiga Para um Rio Seco”. Eu tenho. Em vinil. Estão com
inveja?
Que país é esse?
O país onde o ministro da Transparência
age por debaixo dos panos.
O “teto”
Depois das eleições do ano passado, eu
ouvi colegas elogiando o “talento” de Jaques Wagner para a política. Segundo
eles, ouviram, antes das eleições, quando as pesquisas apontavam vantagem de
Paulo Souto sobre Rui Costa, Jaques Wagner, tranquilo e seguro, afirmar que Rui
ainda tinha “teto” para crescer e Souto não tinha mais. Ou seja, já teria
atingido o seu limite de conquista de votos. Na época, eu fiquei meditando de
onde vinha essa certeza, essa segurança de Wagner. Aí começaram a chegar
notícias sobre uma revoada de prefeitos para o lado de Rui Costa. Por que isso?
Me perguntei. Amigos e colegas com os quais mantenho comunicação por toda essa
Bahia resolveram o mistério para mim. Segundo ele, o prefeito do município mais
mequetrefe recebia cerca de R$ 300 mil depositados na conta bancária para mudar
de lado. Os dos municípios maiores, recebiam mais. Mas, de onde vinha tanto
dinheiro? Ninguém sabia. Agora, todo mundo sabe. Vinha pelo gasoduto do
Petrolão. Com uma injeção de dinheiro dessas nem eu perco eleição, quanto mais o
desconhecido ‘Ruim Costa’.
Universidade é
para poucos
Quando eu afirmo isso tem gente que se
arrepia toda, tem coceiras, tiques nervosos e o diabo a quatro. Sou chamado de
racista, elitista, nazista e outros “istas” que a claque repete como bonecos de
ventríloquos que são, já que não conseguem pensar por si mesmos. Observemos
então o princípio de tudo, a Mãe Natureza. Seus filhos não nascem todos iguais,
nem física nem mentalmente falando. Existem fortes e fracos, como existem
inteligentes, burros e medianos. Nos países mais desenvolvidos já se descobriu
isso, mas também se percebeu que todos têm que ter oportunidades para adquirir
meios de sobreviver. Por isso, a criança começa a estudar e vai sendo acompanhada
pelos professores que buscam descobrir o grau de inteligência delas, pela
capacidade de aprender, e também quais suas aptidões, para orientá-los sobre
quais profissões devem seguir. Sim, porque ao contrário dos países
subdesenvolvidos, não se escolhe a profissão por aquela que dá mais dinheiro ou
prestígio. Até porque, um profissional medíocre nunca irá ganhar muito dinheiro
nem prestígio. Então, as crianças já saem do ensino médio com uma profissão em
nível técnico. Se quiserem tentar uma universidade, o processo não é um jogo de
loteria. Primeiro, são analisadas as suas notas no seu histórico escolar.
Depois eles são submetidos a provas escritas e orais, e só se se sairem bem
nestas provas poderão entrar numa universidade e, geralmente, já saem de lá empregados,
porque só são oferecidos cursos para os quais o mercado tem demanda. Não se
forma profissionais à toa, sem garantia de vagas no mercado. Entenderam? Então,
parem de me xingar e vão estudar.
CIS
A propósito dessa história de
universidade para todos, ouvi pessoas formadas reclamando numa emissora de
rádio de que não há vagas para pessoas com nível superior no mercado de Feira
de Santana. Segundo elas, a explicação que mais ouvem é de que as empresas não
podem pagar o salário de diplomados. Isso quando encontram alguma empresa
contratando, porque, de um modo geral, elas estão mais é demitindo. E parece
que no Centro Industrial a crise é mais séria, pois o que mais se vê são
indústrias fechadas e abandonadas. Ou seja, CIS passou a significar Centro de
Indústrias Sucateadas.
Comércio
E no comércio a coisa não é diferente.
E há um indicador agravante. Segundo um vendedor, as vendas estão fraquíssimas,
e quando ele consegue vender a indústria não tem o produto para entregar. Nunca
antes na história desse país se viu coisa igual. Mas, enquanto isso, em
Brasília...
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Por hoje é só
que agora eu vou ali com meu amigo Diógenes tentar encontrar alguém honesto em
Brasília
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