segunda-feira, 23 de maio de 2016

Civilidade ou Barbárie?

     
 
A História de muitas civilizações antigas, dão conta de que ler e escrever eram atos reservados apenas à classe dominante e aos abençoados pelos deuses. Os outros, o povão, a plebe ignara, deveriam ficar na ignorância e fazer o que o poder, político ou religioso, mandava. Em algumas civilizações, a mulher que pensasse em aprender a ler e escrever pagava por isso com a vida. Na Idade Média, seria chamada de bruxa, atada a um pedaço de madeira e queimada viva. Quando eu leio ou assisto ao noticiário diário eu fico me perguntando se estamos realmente evoluindo à civilidade ou regredindo à barbárie.

Cultura
         Os petralhas estão comemorando o recuo de Temer na extinção do Ministério da Cultura. Não entendem que a questão maior não é o cabide de emprego que é o tal Ministério, mas os resultados práticos que não aparecem, apesar dos milhões. Bilhões gastos. Ministério ou secretaria, tanto faz. O importante é que os resultados do dinheiro público investido apareçam, e não fiquem nas mãos de um pequeno grupo de apadrinhados políticos. Afinal, o Brasil é ou não é o tal do “País de todos”?

Inveja
         Eu fico com uma certa inveja dos americanos. A partir do próximo ano eles poderão dizer, orgulhosos, que um dia tiveram como presidente o Obama. Eu, infelizmente, envergonhado, só posso dizer que um dia tivemos como presidente o “Brahma”. Desgraça pouca para aqui é bobagem.

Parlamentares
         Algumas pessoas falaram comigo sobre o meu artigo “Da Inutilidade de alguns parlamentares”, dizendo que eu poderia dizer muito mais coisas a respeito do assunto. É verdade. Mas, é aquela história de que um texto muito longo as pessoas não gostam de ler. Mas eu vou voltar ao assunto. Falar, por exemplo, do valor gasto nas campanhas que, mesmo em quatro anos de salários e vantagens, eles não recuperam o que investiram. Não é estranho? Quanto aos deputados, por não ter nada de concreto das suas ações parlamentares para apresentar aos eleitores, ficam pegando “ponga” em obras estaduais ou federais, muitas vezes colocando para o público como se eles fossem os idealizadores e executores de tais obras. Mas, realmente, são praticamente inúteis e onerosos para os cofres públicos.

Golpe
         Os políticos brasileiros são tão cínicos quanto ardilosos e desonestos. Por isso eu fico pensando se essas idas e vindas de Temer não fazem parte de uma trama maior. Tirou-se Dilma, incompetente e desgastada, e assume Temer, tão culpado quanto ela, mas não sofre os mesmos rigores da lei. Tira-se o Cunha, também desgastado e alvo fácil da oposição. Mas, mesmo afastado, ele exerce grande influência nas decisões do governo e ninguém consegue condená-lo por nada. Os processos contra eles são cheios de brechas, de falhas, parecendo até coisa de amadores. É como policial corrupto que recebe propina para efetuar a prisão do delinquente de forma irregular para que o advogado possa soltá-lo mais facilmente. Enquanto Temer retarda as decisões importantes que se espera dele, os petralhas se organizam e o impeachment enfraquece. Ninguém se surpreenda se Dilma reassumir o cargo. Isso sim que é um golpe bem tramado contra o povo brasileiro. Acorda Brasil!

Convicção
         Eu sou extremamente convicto das coisas que penso, falo e faço. Por isso sou chato. Fazer o que? Eu vivi assim a vida inteira, seguindo um caminho bem tortuoso, e, na maioria das vezes, o tempo provou que eu estava certo. Não é que eu goste de provar que estou certo, é que me chateia ter que seguir um caminho que sei que está errado só para agradar as pessoas que estão à minha volta, para depois ter que voltar e perfazer todo o caminho, o que as vezes é impossível. Aí eu perco um tempo precioso da minha vida. E me chamam de implicante, chato, cabeça dura, porque na maioria das vezes eu sigo sozinho e quem quiser que me acompanhe. Prefiro assim. Pelo menos, se eu estiver errado e me aborrecer, serão poucos os que me seguiram e erraram por minha causa. Sou assim. Aposto quase sempre contra a maioria. Eu já apostei em muita gente tida como “caso perdido”, e me estrepei na maioria das vezes. Mas, em cada uma que acertei valeu por todas em que fracassei. Esse sou eu. E não adianta tentar me mudar.

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Por hoje é só que agora eu vou ali observar melhor toda essa movimentação política. Não quero ser apanhado de surpresa.

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