segunda-feira, 9 de maio de 2016

Você já foi infiel? Por quê? Deixe aqui o seu relato

     A pesquisa está publicada no UOL na sessão “UOL Mulher – Comportamento" nesta segunda-feira (09). A iniciativa é da psicanalista e escritora, Regina Navarro Lins, autora de 11 livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda” e “O Livro do Amor”. Atende em consultório particular há 42 anos e realiza palestras por todo o Brasil. É consultora e participante do programa “Amor & Sexo”, da TV Globo, e apresenta o quadro semanal Sexo em Pauta, no programa Em Pauta, da Globonews. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.
         Logo abaixo da pergunta está escrito: Deixe aqui sua resposta. Clicando em cima, abre-se uma caixa de texto onde o relato pode ser postado. Segundo a informação, nesta terça-feira (10), ela promete comentar o resultado da pesquisa. A intenção pode ser a melhor possível. Esta pesquisa pode é municiar a psicanalista a formar uma teoria sobre os motivos da traição conjugal e, quem sabe, resolver problemas dos seus pacientes. Mas eu vejo um perigo imenso para quem se arrisca a responder. Isso porque se sabe que nos dias de hoje não há nenhuma garantia de privacidade na Internet. E se um hacker invadir o computador dela ou site, o que tem acontecido com frequência com os sites mais seguros do mundo, ele terá nas mãos farto material para chantagear os conjugues infiéis que confessaram suas traições.
         Me chamem de dinossauro, burro, obsoleto, o que quiserem, mas eu não me confesso nem com pastores espirituais (à exceção de Jesus), muito menos a alguém que não conheço, pela internet. A pergunta poderia ser sobre qualquer outro pecado que alguém possa ter cometido, para saber-se quais os motivos que levam o ser humano a cometê-los (roubo, assassinato, corrupção, etc.). Mas, pra que correr tamanho risco. Nos dias de hoje, por motivos de segurança, não se deve sequer ficar dando contas dos seus paradeiros pelas redes sociais. É só do que precisam os bandidos para atacar o incauto, saber onde alguém está, que dia, a que horas, com quem e fazendo o que.
         Mas, além do espaço específico para a resposta à pergunta, há caixas de texto para comentários onde os internautas deixam suas opiniões sobre o assunto, usando nomes fictícios, suponho. Vejam a seguir algumas das respostas:
         “NUNCA! Não se faz aos outros o que não queremos para nós! O que não quero pra mim, não posso fazer as outras pessoas, ainda mais minha esposa, mulher que escolhi passar minha vida. Nunca cometi uma traição, se não quero mais, pulo fora. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém. Simples assim...”
         “O que adianta não trair e ter desejos com outras pessoas? Casamento depois de cinco anos ou você separa ou vira amizade... E sexo já era, se a pessoa consegue ser feliz sem sexo... ótimo!!!!”
         “Já estive casada por 8 anos, e ele me traiu, separei-me dele. Agora vejo tudo diferente, vejo os relacionamentos diferentes. Hoje, tenho um namorado, ele é muito bom para mim, mas infelizmente sinto que falta algo, que não sentia antes. Não, não gosto mais do meu antigo marido. Porém não sou muito fiel neste relacionamento. No primeiro era mais jovem, idealizava uma relação que não existia, agora vejo com mais clareza. Pq ‘monopolizar o amor’? Lógico que temos que tomar cuidado, usar camisinha. Porém como fazer uma pessoa te completar em todos os sentidos, gostar das mesmas coisas, falar as mesmas coisas, ter a mesma libido? É difícil isso tudo, porém acho que quando amamos nós não traímos, mas, é possível amar o tempo todo”?
         “Já trai sim com outras pessoas, sou mais o cara com quem a mulher trai. Hoje em dia estou em relacionamento, estava fiel até que descobri que ela tinha contatos carinhosos com seu ex. hoje em dia estou traindo com uma casada e com uma solteira, namorando. As duas, amores antigos. Não me orgulho disto. Neste relacionamento fui sempre fiel até descobrir aquilo. Hoje me sinto às vezes um pouco culpado. Porém, logo passa”.
         Não sou psicanalista, mas, tenho mais de 60 anos, dois casamentos. No primeiro eu tinha 22 anos, no segundo 26 e já estou nele há 36 anos. Pela minha experiência de vida, lendo estas respostas faço uma ideia bem clara sobre os motivos da traição conjugal. Não preciso de analistas nem confessores para resolver meus problemas íntimos, mas sempre me aconselhei com pessoas em quem confiava para resolver problemas de toda ordem. Para isso servem os bons amigos mais inteligentes, mais cultos, mais velhos, mais experientes. Conversar sobre essas coisas pela internet ou por telefone é um risco que não corro.

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