quarta-feira, 11 de maio de 2016

PURA POSE

A senadora Gleise Hoffmann não perde a pose e segue fazendo educados, porém duros discursos em defesa de Dilma, inclusive apoiando, anteontem, a autêntica palhaçada do Maranhão, na Câmara. O curioso, para dizer o mínimo, é que esta senhora e seu marido, Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento de Lula, acabam de ser denunciados na Operação Lava Jato pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusados de receber dinheiro ilícito para campanhas. A denúncia exige que o casal devolva cerca de R$ 2 milhões. Pois é...

“O ridículo desonra mais que a desonra” (François, Duque de La Rochefoucauld, 1613-1680)

Maranhão, Cardozo e a baixaria: esse Brasil é uma imensa Sucupira.
Em primeiro lugar, estranho que a maioria esmagadora do noticiário e, pior, dos comentários a respeito da autêntica palhaçada protagonizada pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, não tenham chamado a atenção para o fato de o “comunicado” suspendendo a votação daquela Casa a favor do impeachment de Dilma ter sido, claramente, redigido à noite pelo advogado-geral da União e advogado PESSOAL da presidente, Eduardo Cardozo, contando com a colaboração de governador do Maranhão, o petista Flávio Dino, em Brasília.
Waldir Maranhão, como convém ao seu perfil político, foi apenas um reles instrumento da pataquada, e foi e voltou na sua “opinião” num piscar de olhos.
Falado sério, a tremenda irresponsabilidade (tom, aliás, que infelizmente vem caracterizando as tentativas de defesa de Dilma, por seus correligionários) feita pelo atual presidente da Câmara custou caro à já fragilizada imagem do País lá fora.
Mais uma vez percebemos que, na luta pelo poder, os que aí estão (e tantos outros que lá estarão ou já estiveram) não estão nem aí para a nação. Botam pra lenhar, sem escrúpulos, se o caso e fincar os pés no poder e as mãos nos cofres públicos. Em suma, não existem estadistas no Brasil. Ponto final.

A CUT é mesmo patética
Cumprindo sua obrigação de defender quem lhes deu muito dinheiro e emprego fácil para meia-dúzia de ditos líderes, a CUT seguem tocando fogo em pneus e paralisando avenidas e estradas no País. São gatos pingados, mas fazem barulho.
O afrontoso é ver faixas nas quais a central diz estar “defendendo os trabalhadores”, “em defesa do emprego” etc. Ora, por que não protestou antes contra a situação que já levou mais de 10 milhões ao desemprego? E, no frigir dos ovos, quem está saindo é responsável por esse desemprego. Quanta engabelação!

Por falar em sindicalismo...
Querem matar de raiva alguns “defensores” dos trabalhadores – ou serem mortos “misteriosamente” –, lutem pelo fim do Imposto Sindical obrigatório.
São essas verbas que sustentam as mordomias de alguns que falam em nome de uma massa trabalhadora que é forçada, literalmente, no mais das vezes a fazer protestos. Tais protestos raramente redundam em benefício para a categoria, mas sempre fortalecem candidaturas de sindicalistas, seja a postos sindicais, seja na política formal. Puro papo furado. Não existe sindicalismo sério no Brasil.

O mais sério de todos
Diante do espetáculo deprimente daquela sessão da Câmara, embora legal e válida, que aprovou o rito do impeachment de Dilma, e das últimas palhaçadas deste autêntico Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País, com licença de Stanislaw Ponte Preta, in memorian), devo dizer: Tiririca é o único palhaço sério do nosso (lá deles!) parlamento.

O mesmo de sempre, de novo
Para relaxar, se é que isto é possível, inclusive com o conteúdo desta nota. Mas, vamos lá: na TV, nas rádios, nos jornais, todo dia os mesmos chavões, todos vãos. Por exemplo: “Apesar do susto, ninguém ficou ferido.” Ou ainda: “Não resistiu aos ferimentos e morreu”. E, mais sério, embora também de conteúdo inútil: “A delegacia Tal está apurando o crime” ou “os resultados da perícia saem em 30 dias.” Nunca, nunquinha!

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